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por Ferial Haffajee Mail & Guardian, jan 9 - 2004 resumo adaptado por xitizap
Divisão africana quanto ao Zimbabwe
Zimbabwe separa os líderes da África do Sul e Nigéria
o Presidente sul-africano Thabo Mbeki começou o ano político alienado do seu mais poderoso aliado africano, o Presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo - devido ao obstinado suporte da RSA ao Zimbabwe durante a Conferencia de Chefes de Governo da Commowealth (CHOGM) realizada em Dezembro passado.
A divisão tem grandes implicações para a unidade africana, e poderá atrapalhar a coordenação dos esforços de manutenção da paz no continente bem como a implementação do plano de recuperação económico africano, NEPAD.
entretanto, surgiram alguns detalhes quanto ao embaraço que a divisiva postura de Mbeki causou a Obasanjo, para quem a CHOGM seria o mais importante acontecimento político em terreno caseiro durante o mandato.
Houve “zangas e intranquilidade” face à postura de Mbeki, referem fontes altamente colocadas nos corredores da Commonwealth. Mas o porta-voz de Mbeki, Bheki Khumalo, nega a divisão, referindo que Obasanjo havia sido a última pessoa com que o presidente esteve em Abuja - antes de voar para casa. “Eles despediram-se rindo ... e em tom caloroso. O Zimbabwe não danificará as nossas relações.”
(Mas) a posição dos dois homens quanto ao Zimbabwe começa agora a divergir da aproximação conjunta que era ainda evidente em inícios de 2003. Na cimeira de Abuja, Obasanjo sustentou a contínua suspensão do Zimbabwe da Commonwealth, ao passo que, segundo é amplamente referido, Mbeki encabeçou uma declaração da SADC que “fortemente discordava” de tal decisão.
Entretanto, Obasanjo é referido como tendo solicitado aos líderes da SADC que não anunciassem a sua declaração em solo nigeriano. E Khumalo refere que a declaração da SADC só foi tornada pública no Lesotho e África do Sul, por forma a que ela não pudesse ser interpretada como uma atitude de desdém pelos nigerianos.
Ao sugerir que o bloco SADC - no seu todo - abandonaria a Commonwealth caso a suspensão do Zimbabwe não fosse levantada, Mbeki acabou por ser globalmente enfraquecido. Embora a África do Sul negue ter feito tal ameaça, Mbeki parece ter falhado novamente quanto tentou orquestrar o afastamento do incumbente secretário-geral Don Mckinnon - através de lobbyes a favor do candidato do Sri Lanka.
no seu todo, o bloco SADC não votou a favor do candidato Sri Lanka, o que de novo sugere que o presidente (Mbeki) terá um enfatuado entendimento quanto ao seu poderio e suporte na região. Recorde-se que os membros africanos constituem o maior bloco de participantes na Commowealth e, como um sub-grupo de 12 países, a África Austral é o maior.
Kadirgaman (Sri Lanka), que havia anunciado a sua candidatura duas semanas antes da cimeira CHOGM, foi derrotado ao obter 11 votos contra os 40 de Mckinnon. Entretanto, uma análise do padrão de votos sugere que 4 países asiáticos (Sri Lanka, Bangladesh, Índia e Maldivas) e 7 países africanos votaram por Kadirgaman.
A África do Sul ficou irritada pela publicação dos votos, e Khumalo apelidou-a de “un-Commonwealth”, referindo que tal acto não levou em conta o facto de as votações terem sido sempre confidenciais. Khumalo não fez comentários quanto a esta desunião na SADC.
Mbeki terá pensado que a jogada poderia vir a ter sucesso caso os membros africanos votassem como um bloco União Africana mas, de novo, ele avaliou mal - quer a sua própria influencia, quer a unidade africana.
Segundo alguns analistas, as tácticas de Mbeki mostraram ingenuidade porque a Commonwealth é como que um club de nações individuais, sem a tradição de blocos votantes e do caucusing de outras instituições multilaterais.
Por seu lado, Mbeki é referido como se tendo zangado ao sentir que o encontro não havia ido suficientemente longe na obtenção de consensos quanto ao Zimbabwe – e que Obasanjo não teria permitido suficiente debate.
entretanto, a CHOGM deixou África mais dividida do que nunca quanto ao Zimbabwe.
Obasanjo, que ainda favorece um rapprochement com o Zimbabwe, poderá agora trabalhar mais intensamente com o Kenya, Botswana, Ghana, Mauritius e Tanzania. Todos estes países suportam a reintegração do Zimbabwe no teatro das nações mas, quanto ao abuso dos direitos por parte do governo do Presidente Robert Mugabe, eles têm consistentemente mantido uma posição mais forte que países como a África do Sul, Zambia, Lesotho e Namíbia.
A posição da África do Sul, quer como farol da moral global, quer como líder africano, saíu assim enfraquecida desta CHOGM. E há analistas referindo que apenas um ágil trabalho político poderá reparar a relaçào com Obasanjo - e uma parceria que é fulcral para o avanço da NEPAD.
Se as negociações políticas no Zimbabwe não passarem rapidamente de negociações sobre negociações para um engajamento mais substantivo, a África do Sul poderá vir a ser ainda mais enfraquecida. |
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