xitizap # 32

Vida versus GWh

a HCB e a Lei

Cahora Bassa - montante

Cahora Bassa - jusante

Zambeze - outras cheias

o Dia dos Generais

Hidrodinâmicas no Zambeze

soltas

 

xitizap # 32

 

abril 2007

 

SOS  CAHORA BASSA

Mais de 200,000 vítimas das recentes cheias no Zambeze continuam a perguntar à Hidroeléctrica de Cahora Bassa:

HCB estás muda porquê ?

ajude-nos a passar esta mensagem via e-mails, blogs, webpages, flyers, outdoors, SMS …

 

meses depois da eclosão destas Pontas de Cheia, centenas de milhar de pessoas permanecem deslocadas no Vale do Zambeze vivendo em dramáticas condições em centros de acomodação e reassentamento.

estimativas governamentais indicavam que pelo menos USD 71 milhões seriam necssários para tratar da vida destas pessoas.

HCB—o quinto cavaleiro do apocalipse

 

 

 

revelações ...

 

 

 

Não foi por andar a ler bíblicos apocalipses, nem sequer por me haver cruzado com diabólicos anjos, que me surgiram as primeiras revelações do recente dilúvio no Vale do Zambeze. Elas surgiram-me quando, em princípios de Fevereiro 2007, os media começaram a reportar que algo de dramático se esboçava no Zambeze moçambicano.

 

Embora na altura o Shire já se mostrasse aquaticamente agitado, tal como há meses se havia previsto, as informações quanto à entrada em cena da HCB (Hidroeléctrica de Cahora Bassa) não me pareciam fazer sentido – sobretudo devido à forma progressivamente pujante como a HCB ia aumentando descargas que, como toda a gente sabe, se iriam sobrepor à saudável agressividade natural dos Rios mais abaixo.

 

Lamentavelmente, os dias seguintes confirmariam que, uma vez mais, a HCB não quis ou não soube ler as bacias hidrográficas a montante e jusante do seu paredão conceptual.

E a apocalíptica desgraça voltou a imperar no Vale do Zambeze.

 

Múltiplas têm sido as posições assumidas a respeito do papel da HCB na formação das cheias deste Fevereiro 2007. O Governo pronunciou-se (mesmo que em termos contraditórios), o Parlamento debateu o assunto (mesmo que inconclusivamente), os media reportaram as diferentes sensibilidades ao problema - e muitos cidadãos discutiram o tópico.

 

Inaceitavelmente, só a HCB se manteve e mantém imperialmente silenciosa – como se nada tivesse acontecido; como se, à parte ela e o seu economicismo hidroeléctrico, nada mais existisse no Zambeze.

 

Em rigor, nada, além da mais vulgar ética corporativa, pode obrigar a HCB a pronunciar-se publicamente quanto ao modo como geriu e gere Cahora Bassa. Contudo, em rigor também, a HCB não pode continuar a furtar-se aos comandos da Lei do Ambiente.

 

Esta postura HCB, uma empresa ainda maioritariamente dominada pelo Estado português, mancha, indelevelmente, muito do bom ambiente que se criou após a negociação da reestruturação accionista entre os governos de Moçambique e Portugal.

 

E é triste que, ao invés de uma transição transparente, e tecnicamente pedagógica em termos de segurança hidroeléctrica por exemplo, queiram deixar-nos silêncios e dilúvios futuros quando simplesmente se pergunta: a HCB foi bem gerida?

 

 

josé lopes

abril 2007

pic by Pat Marvenko Smith

cratera # 1

 

Crateras de Impacto

 

são estruturas geológicas que se formam na sequência do choque de um grande meteoroide, asteroide ou cometa com planetas ou satélites (tipo Lua).

Apesar de a Terra ter sido sujeita a mais impactos que a Lua, as crateras terrestriais têm vindo a ser continuamente "apagadas" pela erosão e reposição de solos bem como por resurgimentos vulcânicos e actividade tectónica. Assim, apenas cerca de 120 crateras terrestriais de impacto foram até hoje reconhecidas, a maiorias das quais na América do Norte, Europa e Austrália, locais onde se tem desenvolvido a maior parte da sua exploração. As imagens obtidas a partir das naves orbitrais têm ajudado a identificar este tipo de estruturas noutros locais por forma a se desenvolver mais investigação.

 

Crateras de Impacto

 

A caracterização de uma formação geológica como Cratera Terrestrial de Impacto decorre de aturados estudos de campo que, para além da análise das feições geomorfológicas, incluem a avaliação geológica e a datação isotópica das rochas e minerais das crateras.

 

Crateras gémeas

 

Ocasionalmente, as crateras podem ser gémeas, distando menos de 100 km uma da outra, como resultado de um impacto duplo que ocorre quando, no choque com a atmosfera, o meteorito, asteróide ou cometa se fragmenta em dois ou mais corpos que irão atingir a superfície em locais diferentes, porém geralmente próximos. Nestes casos, as crateras deverão apresentar semelhanças em termos geológicos e de graus de erosão.

será de Impacto ?

um bocadito mais a Norte ..

 

engraçado …

 

ou houve muito vulcão,

 

ou então,

a saraivada de impactos foi grande.

 

 

Opinião geóloga precisa-se.

 

URGENTE !