Quando o conheci, já Zeca Bamboo andava intrigado com um ancestral hiato na história da astronomia.
Segundo me contou, parecia-lhe incongruente que a África Austral – o indisputado berço da cultura humana – estivesse misteriosamente desligada da história da astronomia universal. Em particular porque foi na Suazilândia, e junto à fronteira com Moçambique, que há tempos se descobriu a mais antiga evidência de um registo numérico humano – uma fíbula óssea, datando de 35,000 anos antes de Cristo, com 29 marcas muito semelhantes às que ainda hoje se usam nos “paus-calendário” da Namíbia para registar a passagem dos tempos.
Uma descoberta que vinha adensar o intrigante mistério de um outro osso, este agora datado de 20,000 anos AC, que havia sido descoberto junto ao Lago Edwards, entre o Uganda e a Republica Democrática do Congo, e cuja análise microscópica revelou marcas sugerindo o registo das fases da Lua.
Inconformado com hiatos civilizacionais, Zeca Bamboo, o editor de Astro Stuff em xitizap, revisitou uns velhos escritos seus e enviou-me esta versão revista do Almanaque na esperança de que alguém se interesse por possíveis pontes entre as várias astronomias.
josé lopes
pesquisando o tempo e os ossos nas caves da Namaacha |
xitizap # 26
25 junho 2006 |
posfácios:
A - O erro da Eskom (out 2010)
B - Mozal - fuma$$as em bypass (mar 2011) … ainda em trabalhos
C - Electrões aos ZigZags (abril 2011)
D- Mistérios na barragem Mphanda Nkuwa (junho 2011)
E - Tete, Moatize, Cateme e a Vale (jan 2012)
F - o Bom, o Mau e o Feio (mar 2012)
Titanopólio (junho 2012)
Energy and Mining Corridors 2020 ( jun 2012)
G - Quo vadis EDM? (fev 2013)
Corredores mineiro-energéticos 2020
Impactos marítimos do Afro-Índico no Canal de Moçambique
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